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Burlar Protetores de Link Teste de texto

13 de agosto de 2010

Tutorial Ubuntu - Instalação Inicial

O Ubuntu não é a distribuição mais estável, nem a mais fácil de usar, mas a grande disponibilidade dos CDs de instalação e toda a estrutura de suporte criada em torno da distribuição acabaram fazendo com que ele se tornasse uma espécie de "default". Esta primeira parte do tutorial fala sobre as várias opções de instalação do sistema, incluindo as opções de instalação através do alternate CD e instalação dentro da partição do Windows.
O Ubuntu é provavelmente a distribuição Linux mais usada atualmente. Ele é desenvolvido pela Ubuntu Foundation, uma organização sem fins lucrativos, que por sua vez é patrocinada pela Canonical Inc., que ganha dinheiro vendendo suporte, treinamentos e customizações do Ubuntu. Esta combinação de ONG e empresa tem dado muito certo, combinando os esforços de um sem número de voluntários e um grupo de desenvolvedores bem pagos que trabalham em tempo integral no desenvolvimento do sistema.
Ao invés do tradicional 1.0, 2.0, 3.0, etc., o Ubuntu usa um sistema de numeração das versões bastante incomum. Os releases são numerados com base no mês e ano em que são lançados e recebem um codenome. A primeira versão oficial foi Ubuntu 4.10 (lançado em outubro de 2004), apelidado de "Warty Warthog", seguido pelo 5.04 (lançado em abril de 2005), apelidado de "Hoary Hedgehog" e pelo 5.10 (outubro de 2005), batizado de "Breezy Badger". Os próximos foram o 6.06 (Dapper Drake), 6.10 (Edgy Eft), 7.04(Feisty Fawn), 7.10 (Gutsy Gibbon), 8.04 (Hardy Heron), o 8.10 (Intrepid Ibex) e o 9.04 (Jaunty Jackalope).
As versões regulares do Ubuntu recebem atualizações e correções durante um período de 18 meses, de forma que você acaba sendo obrigado a atualizar o sistema a cada três versões. Como uma opção para quem quer mais estabilidade e a opção de manter o sistema por mais tempo, existem as versões LTS (long term support), que recebem atualizações por um período de 3 anos (5 anos no caso dos servidores). Elas são as versões recomendáveis para estações de trabalho e para uso em empresas.
As versões LTS são montadas dentro de um controle de qualidade mais estrito e passam por um período de testes mais longo, resultando em versões mais estáveis. A primeira versão LTS foi o 6.06 (que receberá atualizações até junho de 2009), seguido pelo 8.04 (atualizações até abril de 2011). Se os planos não mudarem, a próxima versão LTS será o 10.04, planejado para abril de 2010.
O Ubuntu não é a distribuição mais estável, nem a mais fácil de usar, mas a grande disponibilidade dos CDs de instalação e toda a estrutura de suporte criada em torno da distribuição acabaram fazendo com que ele se tornasse uma espécie de "default", uma escolha segura que a maioria acaba testando antes de experimentar outra distribuições. Isso faz com que ele seja a distribuição com mais potencial para crescer além da base atual.
Nas primeiras versões, o Ubuntu usava uma versão levemente modificada do instalador do Debian Sarge, um instalador bastante simples, em modo texto. Isso afastava muitos usuários, já que o instalador não era particularmente amigável. O instalador em modo texto continua disponível através do "alternate CD", mas a versão live-CD tomou a frente e passou a ser o modo recomendado de instalação.
Durante o boot a partir do CD, a primeira pergunta é sobre a linguagem. A equipe do Ubuntu dá uma grande ênfase aos pacotes de tradução e uma boa amostra disso é que ao escolher a linguagem todas as mensagens da tela de boot aparecem traduzidas, incluindo os textos de ajuda. Estão disponíveis inclusive um conjunto de opções de acessibilidade, incluindo suporte a terminais braile e também o modo "leitor de tela", destinado a deficientes visuais, onde um sintetizador de voz fala todos os passos da instalação (veja detalhes no http://www.linuxacessivel.org).
Ao contrário do Mandriva, OpenSUSE e do Slackware, o Ubuntu não oferece uma opção para selecionar os pacotes que serão instalados. O CD simplesmente contém um sistema base, com os programas mais usados, que é instalado diretamente. Isso reduz a flexibilidade, mas em compensação simplifica bastante a instalação do sistema e permite que ele seja composto de apenas um CD, em vez de vários.
Além da versão em CD, está disponível também uma versão em DVD (procure pelo link "DVD images containing additional languages" no final da página de download), que inclui todos os pacotes de internacionalização, evitando que você precise ter uma conexão disponível no final da instalação para baixá-los. Nem todos os mirrors disponibilizam a imagem do DVD (já que ela consome mais espaço e muito mais banda), por isso às vezes é preciso procurar um pouco até encontrar. Ele é recomendável se você precisa instalar o sistema em vários micros, ou se não tem uma conexão rápida disponível.
O default do sistema é simplesmente inicializar em modo live-CD, detectando o hardware da máquina, configurando a rede via DHCP (ao usar uma rede cabeada) e obtendo a resolução do monitor via DDC. Não existem opções para especificar a resolução do monitor manualmente (o lado ruim), mas um assistente é aberto no final do boot em casos em que o monitor não é detectado (o lado bom), permitindo que você especifique as configurações manualmente e prossiga com a abertura do ambiente gráfico.
A rede pode ser configurada utilizando o applet do NetworkManager, disponível ao lado do relógio. Ele permite configurar redes wireless de maneira bastante simples, logo depois de concluído o boot do live-CD. É possível também desativar a configuração via DHCP durante a inicialização usando a opção "netcfg/disable_dhcp=true" na tela de boot.
Com relação ao vídeo, hoje em dia, é muito raro que o sistema não detecte corretamente a resolução do monitor, exceto em casos em que ele realmente não possui um driver disponível, como no caso dos notebooks com placas SiS Mirage 3, onde é preciso que você instale um driver manualmente (veja a dica no http://www.gdhpress.com.br/blog/driver-sis-mirage3/). É bem diferente do que tínhamos há alguns anos atrás, onde muitas vezes era necessário especificar manualmente o driver de vídeo ou a taxa de atualização do monitor.
Pressionando a tecla F6 na tela de boot você tem acesso à linha de opções para o Kernel, onde pode especificar as opções para solucionar problemas (irqpoll, acpi=off, etc.), caso necessário. Se, por acaso, o boot estiver parando em algum ponto e você quiser ver as mensagens de inicialização para tentar descobrir o que está acontecendo, remova as opções "quiet" e "splash" no final da linha:

O Ubuntu é uma distribuição relativamente pesada, que carrega um grande volume de componentes durante o boot, consumido um pouco mais de 200 MB de memória RAM para o sistema e mais uma certa quantidade para o ramdisk, usado para armazenar as alterações feitas durante o uso, assim como em outros live-CDs. Conforme você instala programas e faz alterações, o ramdisk cresce, até o ponto em que toda a memória e ocupada e o sistema passa a exibir uma mensagem de "disco cheio".
Esse sistema visa permitir que você instale pacotes via apt-get e tenha liberdade para brincar com o sistema antes de instalar (uma vez que tudo é perdido ao reiniciar). Embora a conta de root venha desativada por default, você pode rodar programas como root usando o sudo. Para se logar como root no terminal, basta usar o "sudo su" ou "sudo bash".
Como você vai logo perceber, o Ubuntu fica muito mais lento ao rodar a partir do CD, devido à combinação da baixa taxa de transferência do drive óptico, do trabalho de descompactação dos dados feito pelo processador e pelo uso do ramdisk, que reduz a quantidade de memória RAM disponível para outros usos.
Ao instalá-lo no HD, o instalador desativa estes componentes adicionais, fazendo com que ele passe a se comportar como uma distribuição tradicional, salvando todos os dados no HD.
Uma dica é que em vez de fazer um boot normal, esperando o carregamento do Gnome para só então abrir o instalador, você pode usar a opção "Instalar o Ubuntu" na tela de boot, que faz com que ele abra uma versão pelada do X e rode o instalador diretamente. Em máquinas antigas, isso pode representar uma economia de vários minutos.

Instalando a partir do CD Live
Para instalar o Ubuntu a partir do Live-CD, basta clicar sobre o ícone no desktop. Ao abrir o instalador, as primeiras perguntas são sobre a linguagem, layout do teclado e o fuso-horário. Ao escolher o português do Brasil na tela de boot, o layout do teclado é automaticamente configurado para ABNT2 e o fuso para o horário de Brasília: 
 




Em seguida vem a etapa do particionamento, que é sempre a mais importante em qualquer instalação. Como de praxe, o instalador oferece a opção de alterar o particionamento de forma automática, redimensionando uma das partições existentes (atendendo aos iniciantes), mas conserva a opção de particionar manualmente, que é o que interessa no nosso caso:





O instalador do Ubuntu utiliza uma versão gráfica do Partman como particionador. Ele tem uma raiz comum com o Gparted (ambos são baseados no GNU Parted), mas oferece uma interface bem mais simples. Ele oferece a opção de criar, remover e reformatar partições (incluindo o redimensionamento de partições do Windows), mas você provavelmente preferirá fazer as alterações usando o Gparted, deixando para apenas indicar os pontos de montagem dentro do instalador. O Gparted vem pré-instalado no Ubuntu, e fica disponível através do "Sistema > Administração > Editor de Partições".
É possível redimensionar partições do Windows tanto utilizando o próprio instalador (ao escolher a opção "Guiado", você pode mover a barra, ajustando o tamanho da partição manualmente) quanto utilizando o Gparted. Em ambos os casos, é necessário que você desfragmente a partição através do Windows antes de iniciar a instalação, caso contrário o particionador exibe um aviso e aborta o processo.
A idéia básica ao usar várias partições é indicar um ponto de montagem para cada uma (permitindo que você acesse os arquivos) e usar o "/" para a partição onde será instalada o sistema. A opção "Formatar" deve ser marcada apenas para a partição de instalação, afinal, você não vai querer perder todos os arquivos da sua partição de trabalho por engano.
Assim como na maioria das outras distribuições atuais, as versões recentes do Ubuntu utilizam por default o NTFS-3g ao acessar partições NTFS, permitindo alterar os arquivos
 

Como em outros live-CDs, o sistema continua funcional durante a instalação, permitindo que você navegue ou jogue algum dos games pré-instalados para matar o tempo.
A menos que você esteja instalando a partir do DVD, o instalador tentará baixar os pacotes de tradução no final da instalação, o que exige uma conexão com a web já configurada. Naturalmente, a instalação não pára se não for possível fazer o download, mas você ficará com uma localização incompleta do sistema e receberá um aviso no próximo boot:
      
   Fonte: http://www.guiadohardware.net/tutoriais/ubuntu/
           http://www.guiadohardware.net/tutoriais/ubuntu/pagina2.html
           http://www.guiadohardware.net/tutoriais/ubuntu/pagina3.html

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